sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Radiografia Oficial de Displasia Coxofemoral

 
Displasia Coxo-Femoral



         A displasia é determinada a partir de uma combinação de genes no organismo dos animais, caracterizando a doença como uma patologia, ou seja, determinada por mais de um par de genes. Além disso, a doença agrava-se por influência de fatores externos, e uma vez desenvolvendo-se a doença está não volta a regredir.



Características da doença


            A displasia é uma doença influenciada por fatores genéticos, geralmente transmitida de maneira hereditária, isso é, os pais possuem a doença, os filhos também possuíram, e quanto maior o número de ascendentes afetados um filhote tiver, maior serão as chances do mesmo manifestar a displasia. E determinada por fatores de manejo e do meio ambiente.

            Mais comum em cães de grande porte e de crescimento rápido, mas ainda que em mínima quantidade pode atingir também cães que apresentam menores taxas de crescimento, ou seja, o rápido crescimento do esqueleto quando não acompanhado pelo crescimento da musculatura pélvica favorece a ocorrência de displasia. Atinge na mesma freqüência machos e fêmeas.

            Ë uma patologia que altera a conexão entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (estrutura que liga a pelvis ao fêmur). Esta acomete uma ou ambas articulações, normalmente atinge as duas articulações.

            Raças mais acometidas: Pastor Alemão, Rottweiler, Weimaraner, Golden Retriever, Retriever do Labrador, Fila Brasileiro entre outras raças.



Sinais clínicos


            Geralmente aparece a partir dos 4-6 meses, indo d uma manqueira discreta até às vezes a total incapacidade locomotiva.

            Os sintomas são variados, basicamente uma dificuldade em caminhar, crepitações (estalos) nas juntas e sinais de dor que passam a ser constante. O cão inicia-se mancando de alguma pata traseira, sente dor ao andar e às vezes chora e até mesmo arrasta-se, dependendo da gravidade do quadro o animal pode até parar de movimentar as patas traseiras.

            Os sintomas baseiam-se não apenas na dor, como também na claudicação, dificuldade de locomoção, atrofia muscular, mobilidade alterada (excessiva ou diminuída) e crepitação (estalos) ao exame clínico da articulação.

            Existem cães que são apenas portadores da displasia, não apresentam dor, estes apenas são diagnosticados através do exame radiográfico.

            A displasia é desencadeada pela hereditariedade, por fatores ambientais (piso liso), a raça do animal (geralmente cães de grande porte). Há cães que são assintomáticos, ou seja, não apresentam sinais clínicos, isso acontece por que as alterações ósseas desaparecem com a maturidade esquelética. Portanto os cães com uma idade mais avançada acabam se encaixando num quadro clínico diferente, onde as pequenas alterações, aparentemente sintomáticas, evoluíram para uma doença articular degenerativa crônica, e o animal manifesta dor, levanta-se com dificuldade, evitar caminhar e brincar torna-se triste, com o seu humor e temperamento mudados.

Diagnóstico


            Para diagnosticar a doença usa-se o exame radiográfico (Raio-X), que é o único método seguro, este só pode ser realizado com cães a partir de 1 ano de idade, pois as alterações ósseas decorrentes da displasia progridem com a idade, portanto recomenda-se o raio-x após 12 meses de idade em cães de pequeno porte e com 18 meses em cães de grande porte.

            O laudo oficial é emitido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV). Há alguns pré-requisitos para a emissão do laudo:

·         Uma cópia autenticada da tarjeta ou do pedigree;

·        Um termo de responsabilidade do médico veterinário;

·        Um termo de responsabilidade do proprietário;

·        A radiografia das articulações coxo-femorais conforme as normas do CBRV.

No exame o cão deverá estar em jejum de 8 horas, receberá um sedativo para relaxar a musculatura. O exame não é aconselhável em gestantes, pois os filhotes podem ser prejudicados e nem para as cadelas que forem mães há menos de 30 dias, pois a sua ossatura não voltou ao normal.

O PRONTOVET é o unico centro de diagnóstico veterinário no estado de Mato Grosso do Sul que conta com profissional regularmente credenciada no COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA VETERINÁRIA, para realização de radiografia oficial de displasia coxo-femoral, a Profº Msc Rosalia Marina Infiesta Zulin Lima




Classificação / Categorias


            Há vários graus de displasia (leve a grave).



Categorias da displasia      Situação apresentada

A = HD -                       Animal sem sinais de displasia.

B = HD +/-       Animal com articulações coxo-femorais próximas do normal.

C = HD +                     Displasia coxo-femoral leve.

D = HD ++                 Displasia coxo-femoral moderada.

E = HD +++                 Displasia coxo-femoral severa.

            Filhotes com ancestrais com displasia HD ++ e HD +++ ou Rottweilers de mais de um ano de idade com laudo indicando portarem o mal não devem ser adquiridos.

           

            Ao comprar um Rottweiler, verifique os laudos dos pais e avós do filhote com menos de um ano de idade. Alguns canis já vendem filhotes com três ou quatro gerações controladas quanto à displasia.



Tratamento

            A displasia não tem cura, pois se ela não for evitada, uma vez adquirida, ela não regride. Alguns tratamentos:

·         Fisioterapia: consiste em exercícios para fortalecer a musculatura, aumentando a sustentação do quadril, os métodos mais indicados são a natação e as caminhada na areia (esforço).

·         Tratamento alopático: dispõe de drogas  base de vitaminas a aminoácidos para melhorar a área afetada. Não há contra indicação e pode ser administrado por toda a vida animal. Os antiinflamatórios também são usados e por serem a base de corticoídes não tratam, apenas diminuem a dor.

·         Tratamento homeopático: o melhor e o mais seguro, pois o remédio é dado não para  displasia e sim para seus sintomas. Não há contra indicação e posologia (dose) é feita de acordo com o estado de vida do animal.

·         Cirurgia: consiste na cefalectomia (retirada da cabeça do fêmur), que acaba com o atrito que causa as dores.



Controle para evitar o agravamento da doença

·         Evitar a obesidade, no caso de cães obesos, reduzir a ingestão de calorias para haver um controle de peso;

·         Controle a ração para qualquer indivíduo em geral;

·         Não dar comida à vontade ao filhote, pois acelera o crescimento, facilitando o aparecimento da doença;

·         Os filhotes podem se exercitar a partir dos 3 meses, de forma moderada (a natação, caminhadas leves, para desenvolver a musculatura pélvica);

·         Os exercícios pesados (como deixar o cão correr ao lado da bicicleta, ou de outros veículos) devem ser evitados, pois podem provocar não apenas a displasia como artroses;

·         Proporcionar um ambiente sempre favorável ao animal, não deixar o animal em pisos lisos;

·         Filhotes recém-nascidos devem permanecer sobre uma superfície áspera, para evitar escorregões que forcem a articulação.



Controle genético

            Não se deve  cruzar cães com combinação de genes aptos para causar a doença. Cães com pais portadores de displasia terão maior probabilidade de desenvolver a doença, mas esta doença também pode surgir em filhotes de pais livres de displasia.

            O melhor método de controle é a seleção de animais para o cruzamento, cabe aos criadores um controle radiográfico, evitando dessa forma o cruzamento de animais displásicos.



            Na  compra de um filhote, exija o laudo radiográfico da displasia do pai e da mãe, um dos dois deve ser isento da doença, pois isso dará mais segurança, e a chance de adquirir um filhote displásico será menor, mas não nula. 

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